
Numa folha branca usava o meu lápis para desenhar, com riscos tortos, um mundo perfeito. Um mundo em que sempre é primavera, cheio de cor, de sol, de flores... Tudo é perfeito. O lápis deslizava na folha ao sabor da imaginação... E, quando tentava pintar a noite, o bico do lápis partiu... À noite, não houve flores, nem primavera...
Levanto-me para afiar o lápis,
Olho-o com pena...
Ja está demasiado velho e usado...
prefiro guarda-lo e saber que foi com ele,
que num papel fiz um mundo mais bonito.