
Paraíso Tropical foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 5 de março e 28 de setembro de 2007, às 21 horas, tendo contado com 179 capítulos.
Em Portugal, foi a produção mais curta dentre as novelas das oito da Globo desde Suave Veneno, que foi apresentada com cerca de 130 capítulos. No Brasil, Suave Veneno teve 209 capítulos, então ali Paraíso Tropical foi a novela mais curta do horário desde a novela Explode Coração, que teve 155 capítulos.
Antenor Cavalcanti é um empresário poderoso, frio, filho de um ex-presidiário trambiqueiro, Belisário, de quem quer distância. Perdeu o seu único filho, Marcelo, quando este tinha dezesseis anos. Vê no filho do seu caseiro Nereu, o jovem Daniel Bastos, o possível herdeiro de suas empresas. Casado com Ana Luísa, Antenor tem uma amante, a bela Fabiana, advogada do Grupo Cavalcanti. Ele ainda se envolve com outras mulheres. Antenor decide expandir os seus negócios. Ele agora pretende também actuar no ramo de resorts. O ambicioso Olavo, resolve lutar pelo posto de herdeiro do patrão e conquistar tal posição a qualquer preço. O seu principal obstáculo está em Daniel, rapaz de excelente carácter, que, além de bonito e charmoso, é inteligente e competente. Numa viagem à Bahia, para fechar a compra de um belíssimo terreno à beira-mar para o primeiro resort do Grupo, Daniel conhece e se apaixona por Paula Viana, gerente de uma pequena e charmosa pousada. O casal planejará ser feliz em alguma pousada do Nordeste, trabalhando sem se chatear muito, mas eis que surge Olavo, disposto a qualquer coisa para não deixar que o poder no Grupo Cavalcanti caia nas mãos do filho de um empregado. E, assim, seus golpes levarão à separação de Daniel e Paula.
Paula é filha de Amélia. Esta comanda um "bordel" no resort baiano, onde trabalham várias 'meninas', como Bebel. Com um certo desvio de carácter, mas sempre exuberante, ela se diz com muita "catiguria". Levada para o calçadão de Copacabana pelo "cafetão" Jáder, Bebel conhecerá o homem de sua vida: Olavo, e, juntos, os dois serão capazes de qualquer coisa.
Até as vésperas da morte de Amélia, Paula acreditava ser sua filha, porém descobre que tem outra filiação. Já separada de Daniel, Paula parte para o Rio de Janeiro em busca de suas raízes, mais precisamente de Isidoro, o avô que desconhecia ter. Ela ainda não sabe, mas tem uma irmã gêmea idêntica; e uma não sabe da existência da outra. Antes de reencontrar sua amada, Daniel vai se deparar com Taís Grimaldi, idêntica a Paula. Carreirista e tão ambiciosa quanto Olavo, Taís vive na periferia da sociedade carioca, mendigando convites e notinhas com seu nome em colunas sociais e aplicando golpes. E será ela o principal algoz da própria irmã.
Já os moradores de Copacabana estão, de alguma forma, ligados à rede hoteleira de Antenor. Entre eles, o quase quarentão Cássio, um tipo bem carioca, sempre de bem com a vida, mas que nunca quis um relacionamento sério com Lúcia, com quem teve um filho no passado que ele nem conhecia, Mateus. Lúcia é filha do jornalista Clemente e da professora Hermínia, seus maiores conselheiros. Sua personalidade forte e determinada, vai conquistar o frio Antenor, que se apaixonará de verdade por ela.
Outra ilustre moradora de Copacabana é Marion Novaes, mãe de Olavo e Ivan, um bad-boy desajustado. Promoter fútil, cínica, divertida, chique e de nariz empinado, ambiciona fazer parte do glamouroso mundo da alta sociedade carioca. Para chegar lá, encontrou um atalho: produz eventos nos melhores hotéis da cidade. Marion procura as amizades necessárias para que as portas se abram. Bajula do jeito que pode as mulheres ricas e famosas, como a frágil Ana Luísa.
O Edifício Copamar agita o bairro. É lá que mora a família de Heitor Schneider. Sua mulher, a frívola Neli, é doida para trocar o Copamar por um apartamento num endereço mais nobre, num bairro como o Leblon, por exemplo. Despreza Umberto, namorado de sua filha mais velha, Joana, porque é garçom, mas investe pesado no romance da mais nova, Camila, com Fred, um jovem executivo paulistano que veio trabalhar no Grupo Cavalcanti, mais precisamente, no lugar de Heitor.
Mas o que agita o Copamar são as homéricas brigas entre Virgínia Batista e Iracema Brandão, a síndica moralista do prédio, que ela muito se orgulha de ter "posto nos eixos". Com seu espírito de liderança e valores bastante convencionais, Iracema valorizou o edifício, outrora parcialmente mal freqüentado. Virgínia é madrasta de Antenor, e apesar de já ter passado dos 60, tem o corpo em plena forma, sendo invejada por muitas mulheres da sociedade. Ninguém sabe porque se odeiam. As duas vão bater de frente a partir do momento em que Virgínia for morar no prédio.
Desempenho:
• Na primeira semana de exibição, a novela teve uma média de 36 pontos, e no dia 10 de março de 2007, alcançou seu pior desempenho, com somente 30 pontos. No dia 16, alcançou 31 pontos, audiência inferior à da novela das seis, O Profeta, que no mesmo dia tinha dado 33.
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• Tais números fizeram com que a Globo iniciasse muito antes do previsto uma pesquisa entre as donas-de-casa para avaliar a telenovela[1].
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• O turismo sexual seria um dos assuntos principais da novela, mas aos poucos o tema sumiu da história, pois não agradava aos telespectadores.
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• A partir de meados de maio, a trama passou dos 45 pontos, chegando a 49 pontos. Nos últimos 5 meses, a novela vinha fechando semanalmente acima dos 45 pontos de média,chegando a 53 de média e 59 de pico, com o ataque de Bebel (Camila Pitanga) e Betina (Deborah Secco) a Olavo (Wagner Moura).
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• O capítulo em que Taís rouba o lugar da irmã, Paula, rendeu 49 pontos no Ibope, e no momento da troca, a novela chegou aos 58 pontos de pico.
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• O capítulo exibido no dia 1 de agosto de 2007, em que Daniel (Fábio Assunção) vai até à clínica e reencontra Paula, conseguiu atingir um Ibope muito bom. Cravou 50 pontos de média e picos de 55.
• O país parou diante da TV para assistir o último capítulo da novela. Segundo dados consolidados do Ibope, a trama alcançou 56 pontos de média e pico de 63 pontos, com 80% de share, superando a audiência da antecessora, Páginas da Vida, que teve apenas 53 pontos de média. O clímax do capítulo foi a revelação dos crimes do vilão, Olavo.
• Os autores da novela, Gilberto Braga e Ricardo Linhares, confessaram que cometeram erros no começo da trama, pois abusaram das cenas de sexo e violência, afugentando os telespectadores. Eles disseram também que erraram em só colocar Lúcia, a personagem de Glória Pires por volta do capítulo 18, pois ela passaria uma imagem segura para o público. A aparição da gêmea má só por volta do capítulo 30 também foi um erro, dizem os autores. Eles revelaram esses detalhes em várias entrevistas, inclusivamente para o site da Rede Globo.
Curiosidades:
• A classificação da novela era para maiores de 14 anos. Sua sucessora, Duas Caras, também é para maiores de 14 anos.
• Teve os títulos provisórios de "Folhetim" e "Copacabana".
• A atriz Cláudia Abreu iria interpretar as gêmeas Liz e Liza, mas, devido ao fato de ter ficado grávida pouco após o convite, teve de abdicar do papel. Várias atrizes foram cotadas para substituí-la, entre elas Camila Morgado[1], mas o papel acabou ficando com Alessandra Negrini.
• Com a escolha da atriz, as personagens tiveram seus nomes mudados para Paula e Taís. Antes de levar o nome de Alessandra a Mário Lúcio Vaz, diretor artístico da Globo, a equipe primeiro ouviu a opinião de Fábio Assunção, que contracenaria com ela. Fábio prontamente aprovou a escolha.
• Os maiores destaques da novela foram para Olavo (Wagner Moura} e Bebel {Camila Pitanga}, o casal de vilões deram o tom de humor a Paraíso Tropical, o publico se apegou tanto ao casal que pediram á Gilberto Braga por e-mails para que Bebel se desse bem no final.
• O personagem Ivan foi feito exclusiamente para Bruno Gagliasso, que expressou interesse em participar da novela, e pediu para Gilberto Braga e Ricardo Linhares.